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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Não são só palavras

                                       
Ei, não venha me dizer que são apenas palavras, não quando eu sei que não. Me explica então o fato de elas doerem tanto ou então me fazerem sorrir e me apaixonar, me diz por que elas me fazem chorar e me fazem querer guardá-las para sempre. Se são apenas palavras por que elas me fazem ter raiva, sentir medo ou querer fugir de casa? Por que então elas me fazem viajar e acreditar que utopias não são loucuras?
Quando passo horas sem falar contigo e fico trancada no meu mundo, você acha estranho o fato de minha companhia ser um livro, sinto muito, mas você só vai saber o que eu sinto ao abrir um, ao folhear um e se for possível, tente lê-lo... até o final, por favor. É incrível essa sua resistência desnecessária, ninguém vai rir de você por ler um livro, ninguém vai condenar você... Mas sabe, eu te entendo, observei você enquanto sua mãe reclamava sobre o preço dos livros, acabou que você se tornou como ela, porém quase tive um surto: ela reclamou do livro que custava R$ 39,99 mas comprou pra você um tênis que custava o triplo, e vamos combinar, você nem precisava .
Então amigo, não venha me dizer que são só palavras, sei que elas não me dão o mesmo status que seu tênis caríssimo, o que é uma pena mas, pelo menos elas me fazem sentir, pensar, analisar, conhecer o mundo e tentar mudar o pensamento de pessoas como você.

domingo, 15 de janeiro de 2012

A arte de ser solidário

Aposto que ao ler o título do post você se imaginou ajudando uma velhinha a carregar as compras, um cego a pegar um ônibus ou uma criancinha à atravessar a rua. Sabemos que hoje em dia, atitudes como essas são praticamente raras, principalmente nas grandes cidades. Devido a correria e acumulo de tarefas as pessoas estão criando o habito do individualismo, muitas vezes se tornam cegas diante dos problemas sociais que as cercam.
Quando você senta em frente a tv, por exemplo, as novelas mostram criancinhas abandonadas passando fome, pessoas sendo discriminadas, seja por serem pobres,  negras ou gays,  homens batendo em mulheres. Ai, a sua atitude é a de xingar os vilões, xingar as personagens que não enxergam o que acontece a sua volta, e então, ao se colocar no lugar deles você diz: "Se fosse eu, denunciaria ele", "Se fosse eu, tiraria aquela criança da rua", "Se fosse eu... Se fosse eu... Se fosse eu..." Depois, você desliga a tv, ouve uma discussão na casa dos vizinhos, sua mãe vai ver o que está acontecendo, percebe que o homem chegou bêbado em casa, ela olha pra você e diz: "O João ta batendo na Maria de novo, nem vou me meter nessa história", ou então, você está passeando pelo centro da cidade e tem uma criancinha de mais ou menos 5 anos sentada em um banco da rua, passam milhares de pessoas perto dela, porém ninguém se quer chega perto da criança para perguntar se ela esta perdida, com fome ou coisa assim.
A arte de ser solidário está em você não se calar diante das barbaridades que acontecem no mundo, está em você não esperar recompensa ao ajudar um amigo, está em você saber ouvir, ter paciência, ser humilde, reconhecer que não sebe tudo, está em você desejar o bem do próximo, não ser egoísta, invejoso ou pessimista, A arte de ser solidário está em você não julgar as pessoas e saber conviver com as diferenças. Não muito diferente daquilo que se passa na tv é a nossa vida, e o nosso posicionamento diante das diversas situações é o que faz a diferença.